MISSÃO DA IPCG

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ADORAR o único Deus verdadeiro e anunciar Jesus Cristo como Senhor e Salvador a todos os povos, ENSINANDO a vivência cristã e ASSISTINDO ao próximo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Lição 6 - Os sacramentos

1.      INTRODUÇÃO

            Os sacramentos são ritos exteriores autorizados por Jesus Cristo para serem administrados na igreja como sinais visíveis de verdades centrais da fé cristã. São dois os sacramentos ou ordenanças: Batismo (a obra do Espírito Santo, representando o aspecto individual do evangelho) e a Ceia do Senhor (que comemora a obra de Cristo na cruz, simbolizando o aspecto social ou coletivo do evangelho). Os sacramentos são meios de graça.

O termo meio de graça indica tudo aquilo que pode propiciar o bem-estar espiritual dos crentes, tais como a igreja, a pregação, a oração, os sacramentos, o domingo, etc. Mas, no sentido restrito, denota apenas a Palavra de Deus e os dois sacramentos.

2.      OS SACRAMENTOS

                        Os sacramentos são instrumentos simbólicos da entrada da pessoa na igreja, na condição de membro, ou da sua permanência nela. Representam, também, meios de graça para o seu fortalecimento espiritual e uma forma de testemunho da graça de Deus (Rm. 10:10; I Co. 11:26).

                        Há dois aspectos característicos que preenchem o conceito de sacramento, denotando sua origem divina e sua universalidade em termos de aplicação.

A.  Os sacramentos são de instituição divina, isto é, foram estabelecidos ou por Deus, pessoalmente, ou por Jesus Cristo, o Seu filho. Sobre o batismo leia Mt. 28:19, enquanto para a Ceia do Senhor observe os textos de Mt. 26:26,27 e I Co. 11:24.

B.   A aplicabilidade a qualquer pessoa que cumpra a condição mínima exigida: crer, ou ser filho menor de membro da igreja.

Quantos são os sacramentos? Nos tempos do VT houve dois sacramentos: a) a circuncisão (simbolizando o ato de cortar os pecados no pacto da graça) e b) a páscoa (tipificando a libertação do povo de Deus). Na Igreja Católica são sete: Batismo; Crisma ; Comunhão ou Eucaristia; Casamento; Ordenação; Penitência e Extrema Unção. Nas Igrejas Evangélicas são dois: Batismo e Comunhão (Ceia do Senhor). Essa mudança aconteceu na Reforma, guando os reformadores recusaram o ponto-de-vista católico, retornando ao ensino da Igreja Primitiva.

Não existe diferença essencial entre os sacramentos do AT e do NT (Rm. 4:11; I Co. 5:7;  I Co. 10:1-4; Cl. 2:11). Contudo, algumas diferenças secundárias são observadas nos do AT, tais como a sua feição nacional e sua direção para o futuro, para Cristo, sendo selos de uma graça que ainda tinha de ser recebida.

OS SACRAMENTOS APRESENTAM DUAS COISAS:

A.  Sinais visíveis ou exteriores. Todo sacramento contém um elemento exterior e material: a água no batismo o pão e o vinho na Ceia do Senhor.

B.   Sinais interiores da fé e da comunhão com Cristo. Os sacramentos apontam para Cristo e para o Seu sacrifício de redenção já consumado, assegurando aos participantes que as bênçãos da salvação já são suas no presente. (Rm. 4:11; Rm. 6:3,4 e Cl. 2: 11,12)

 

3.      O BATISMO

                           O batismo foi instituído depois da ressurreição de Cristo (Mt. 28:19 e Mc. 16:16), apesar de os discípulos já o praticarem antes (Jo. 4:1,2). O NT fala de dois tipos de Batismos: O ritual com Água e o espiritual pelo Espiritual Santo. Os dois se unem no momento em que o novo crente aceita a Cristo e é recebido na Igreja. Nesse momento, enquanto é batizado com água, a ele é aplicado o Batismo do Espírito Santo do Dia do Pentecostes.

                             Há três modos de Batismos: Aspersão, Afusão e Imersão. Cada modo corresponde ao simbolismo que representa: a) para os Imersionistas, o batismo representa a identificação dos crentes com Cristo na sua morte, sepultamento e ressurreição, b) enquanto que para os praticantes da Aspersão ou da Afusão, o batismo simboliza a prévia purificação espiritual efetuada pelo Espírito Santo, sua união com Cristo e a participação no pacto da graça. O modo de batizar não é determinado na Bíblia: se deve ser por Imersão ou Aspersão. No AT as práticas com ele identificadas são para purificação e encontramos os dois modos sendo utilizados, ainda que a aspersão seja mais praticada (Lv. 14:7; Nm.8:7; Ez. 36:25 e Hb. 9: 19-22). Algumas denominações praticam a Imersão (Batista, Assembléia), outras, como os Presbiterianos e Congregacionais, praticam a Aspersão.

                        O Batismo é o sacramento de entrada para a membresia da Igreja e é aplicado a crentes adultos, com a Profissão de Fé, ou a seus filhos menores (At. 2:41; At. 16:31-34). As crianças são batizadas não porque creiam, mas porque são incluídas no pacto que Deus faz com seus pais: são herdeiras do pacto e da promessa (Mt. 19:14; At. 2:39 e  I Co. 7:14).

                        Não há mandamento explicito na Escritura para batizar crianças; e não há um só exemplo em que se diga claramente que crianças foram batizadas - Louis Berkhof, teólogo presbiteriano. Semelhantemente, não há na Bíblia nenhum impedimento direto para a prática do batismo infantil. Os filhos dos crentes são batizados porque estão no pacto, independente- mente da questão se já são ou não regenerados.

4.      A CEIA DO SENHOR

            A Ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus Cristo logo após celebrar pela última vez a páscoa dos judeus juntamente com os seus discípulos, pouco antes da sua morte (Mt. 26:26-29).

            A Ceia é para ser tomada pelo crente, membro da Igreja, depois de haver sido recebido pelo Batismo e Profissão de Fé, ou depois de haver feito a Profissão de Fé, no caso de haver sido batizado na infância.

                        Enquanto o Batismo só deve ser aplicado uma vez (exceto no caso de conversão e passagem de um grupo para outro), a Ceia pode ser aplicada muitas vezes. Os cristãos primitivos chegaram a celebrá-la diariamente. Com o correr do tempo, as Igrejas a espaçaram mais. Aqui, nós a celebramos quinzenalmente.

                        HÁ QUANTRO CONCEPÇÕES PRINCIPAIS DA CEIA:

A.  A da Igreja Católica: da transubstanciação, segundo a qual Cristo está materialmente nos elementos da eucaristia; que eles se transformam em “corpo, alma e divindade” de Cristo na hora da consagração da hóstia;

B.   A da Igreja Luterana: da consubstanciação, segundo a qual Cristo está com os elementos, fisicamente presente; 

C. Dos Seguidores de Zuinglio: da memorial, que admite uma comemoração simbólica dos sofrimentos de Cristo e a presença espiritual de Cristo aos olhos da fé;

D.  A das Igrejas Reformadas (Calvinistas): da presença real , mas espiritual, na Páscoa do Espírito Santo. Alguns grupos levam o conceito para nível mais distante, de presença simbólica (os Batistas). Nós, porém, afirmamos a presença imaterial, mas real do Senhor, no Espírito Santo, que opera em nossos corações. “Eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt. 28:20).

 

5.      CONCLUSÃO

O Batismo representa nosso ingresso na Igreja; a Ceia representa a nossa permanência nela.

A participação na Ceia do Senhor está restrita apenas aos crentes que podem exercer conscientemente a fé e são capazes de examinar-se a si mesmo quanto á conduta e á compreensão do significado espiritual da Ceia. A Ceia exclui os descrentes, as crianças, os desviados, os eliminados da Igreja e os que promovem divisões (I Co. 11:28-32).

 

                                  

                              

 

 

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